mini metragem

                     

                                                                   Circo de Ilusões




O contexto social dos dias em que vivemos nos remete a um paradoxo de gozo e sofrimento, pessoas por todos os lugares, o vai e vem frenético de uma ordem materialista que usurpa fere e cerceia todas as manifestações de reflexo natural, impondo um jeito de ser mecânico que furta as emoções e rechaça as criatividades artísticas de uma grande maioria manipulada por suas ganâncias.

Nesse frenesi social sempre a há quem se rebele vários são os motivos, mas todos provem de um mesmo choque de concepções, que desenvolve dependências químicas, distúrbios de comportamento, raiva, rancores, desenganos e um turbilhão de patologias que levam um individuo comum a um estado de esquizofrenia segundo os conceitos e normas gerais pré- estabelecidas.

Esse mini-metragem aborda justamente os reflexos de uma sociedade insana e que rotula alguns como loucos. Baseado numa experiência de vida real e autentica de um jovem chamado Elias morador de rua esquizofrênico e dependente químico que foi mandado embora de casa pela família e vive nas proximidades de um semáforo da Rua Barão do Cotegipe com a Terceira Perimetral de Porto Alegre. Esse rapaz gira em uma das mãos um pedaço de Eucatex a cada interrupção da sinaleira age como se fosse um malabarista, um artista de rua talvez seja, pois segundo sua concepção de mundo sua arte pode ser muito mais valorizada por aqueles que a vêem na sua verdadeira essência algo que pelo que se presume sem toda uma carga estética e formal da qual somos refém em tudo que fazemos.

O Circo de Ilusões fala de um mundo mágico que talvez só exista na cabeça dos que consideramos loucos ou das crianças que por sua inocência ainda preservam essa magia.


                                                                                                                                   (Anderson Moura)
               

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